Avaliação de estilos de liderança na administração pública portuguesa: contributos para a definição de políticas públicas de recrutamento e de desenvolvimento de líderes
Publicada por Luís Bento, em 2024-03-22

Fialho, E. da C. M. (2023). Avaliação de estilos de liderança na administração pública portuguesa: contributos para a definição de políticas públicas de recrutamento e de desenvolvimento de líderes [Tese de doutoramento, Iscte – Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório Iscte.

 

Este estudo relaciona a liderança com a perceção de políticas públicas de recrutamento, formação e avaliação de dirigentes da Administração Pública. Foi realizado um inquérito aos trabalhadores da Administração Central do Estado, os líderes foram inseridos numa tipologia de liderança MLQ (Multifactor Leadership Questionnaire) (Bass & Avolio, 1983) e analisada a sua relação com a perceção de políticas públicas. Os detentores de cargos de chefia põem em prática as políticas públicas existentes, diariamente, no seu trabalho. Para tal, necessitam assegurar que os liderados conhecem o que deve ser implementado e cumprem a sua parte, mantendo-se motivados. Os líderes transformacionais criam uma cultura altamente inovadora e positiva, estimulam e inspiram a sua equipa a alcançar resultados extraordinários, para que os organismos consigam atingir o desempenho desejado. Os resultados indicam que o estilo de liderança predominante é a transformacional. A perceção do estilo de liderança e a perceção de avaliação difere significativamente entre líderes e liderados. Em relação a ocupar uma posição de chefia superior ou intermédia, existem diferenças significativas apenas relativamente à perceção da liderança transformacional. Relativamente ao organismo, foram encontradas diferenças significativas na perceção de liderança transformacional, recompensas contingentes, “laissez-faire”, recrutamento, formação e avaliação. A associação entre estilo de liderança e políticas públicas é significativa, sendo essa relação moderada pelo facto de o participante ocupar ou não cargo de chefia. Espera-se que o estudo contribua para ajudar os decisores políticos a tomar as decisões mais eficientes que permitam melhorar as condições dos trabalhadores e, consequentemente, o desempenho dos organismos.

 

http://hdl.handle.net/10071/31339

 

Fonte: ISCTE